~ Carol Faria ~
Acho que ninguém discorda da complexidade que existe em falarmos de nós mesmas. A fatídica pergunta "quem é você?" já me tirou o sono algumas vezes, vira e mexe volta a ser objeto da minha obsessão e libido. Plural por natureza (a forma poética para dizer que me interesso por tudo, tempo suficiente para você piscar e perceber que eu já mudei de ideia), deixo aqui o que minha gêmea escritora tem para dizer sobre si. Está aberta a temporada da ficção autobiográfica neste reino, oremos.
Geminiana, com lua em Peixes. Paulistana, carrego todo o estereótipo da cidade em mim, mas São Paulo nunca me bastou, vivo encontrando casas pelo mundo, e atualmente ela se chama Paris. Mãe da Amelie (uma Golden) e do Chai (um bichano vira lata). Domingo é meu dia favorito da semana. Em SP ele sempre começava com aula de spinning e brunch sem hora pra acabar. Agora se resume a croissant, e passeios pela cidade ao lado de um Capricorniano pra chamar de meu. Viciada em salas de aula e de embarque, bem amiga dos livros. Fã de Chico, Bethânia, Los Hermanos e Adele.
Elegi Francês a línguas dos apaixonados. Paris é o lugar de quem escolhe o amor e a arte como estilo de vida - meu clichê favorito. Me apresento como Carolina, mas meu nome de batismo é Caroline, mudaram de última hora, nunca consegui me acostumar. Odeio trilhas, não insista!
Filha do Marco e da Márcia, irmã da Mel, tia da Chloe.
Além de fundadora da @bahrco, sou sócia da @_cosmic2 junto com a Carlinha. Lá o negócio é Astrologia e Planejamento Astrológico.
Meus maiores sonhos são publicar um livro e construir uma família bem clichê - digam oi ao meu Ascendente em Câncer.
Há não muito tempo atrás, eu trabalhava no mundo corporativo com auditoria e controladoria – publicava Balanços Patrimoniais, calculava índices como EBITDAs, TIRs, EVAs, Lucro Líquido e giro de estoques. Criava manuais, procedimentos e matriz de risco, mas acredite, você não vai querer ouvir falar muito sobre isto.
Passei anos em guerra comigo mesma porque a minha persona financeira era realmente bem construída, e todos os dias eu me contava uma história bem convincente de que aquela vida (a de não muito tempo atrás) era boa para mim – estável, segura, em ascensão e aceita pela sociedade. Risos.
15 anos se passaram até chegar o dia em que eu morri. Morri por dentro de tanto sufocar meus dons, valores e paixões. Morri para um modelo que eu nunca me encontrei. Morri para a opinião dos outros e decidi ouvir meu coração. Morri para a CLT, para relacionamentos tóxicos, amizades políticas e desejos que não eram meus.
Sempre fui fascinada por comunicação e escrita (além do Sol, tenho Mercúrio em Gêmeos). Na escola, brilhava em português, inglês e redação e falhava miseravelmente em matemática, química e física. Nerd de natureza, filha de professora, frequentadora assídua das primeiras fileiras e a que sempre topava apresentar os trabalhos, pois também um pouco exibida. Queria ter feito faculdade de Jornalismo, mas acabei me formando em Administração Financeira. C'est la vie.
Quando iniciei meu processo de transição de carreira, entendi que precisava fazer mais daquilo que me conectava com a vida, afinal, eu estava morta, lembra? Voltei a escrever, lancei um blog, fui estudar o que eu realmente gostava (oi, Astrologia), e entendi aos poucos que havia um mundo para além do único modelo profissional que eu concebia até então. Muito rapidamente saquei que empreenderia, só não sabia exatamente com o que.
Não foi um processo simples, morrer e renascer não é das coisas mais fáceis que a gente faz em vida. Diversas vezes eu pensei em desistir, chorei, quis sumir (vez ou outra eu botava uma mochila nas costas e sumia mesmo), mas hoje, quando eu acordo feliz às segundas-feiras, recebo os depoimentos das minhas alunas e clientes, produzo um conteúdo novo, escrevo um texto e vejo que o meu trabalho me conecta a um gozar da vida, agradeço a mim mesma e a todos que me ajudaram a concluir este grande projeto que eu dei o nome de Bahrco, no feminino. A Bahrco.
